De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo e foi responsável por 9,6 milhões de mortes em 2018.
A nível global, uma em cada seis mortes estão relacionadas à doença e estima-se, para o Brasil, nos anos de 2018 e 2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer, para cada ano.
Considerando os efeitos gerais que a doença apresenta, que compromete a capacidade funcional, a qualidade de vida, pode causar transtornos emocionais, além dos efeitos colaterais como dor, fadiga extrema, falta de apetite, perda de peso e estresse, oriundos dos tratamentos tradicionais, o exercício físico se apresenta como um grande aliado, tanto na prevenção, quanto durante o tratamento e após o mesmo, auxiliando na recuperação física e emocional.
Compreendemos que a influência genética é a maior causadora dessa doença, porém, é fato que o estilo de vida é crucial quando se trata dessa patologia, dentre os principais fatores de risco estão as substâncias viciantes, sobrepeso, obesidade, baixa ingestão de frutas e verduras e o sedentarismo, fatores esses que uma rotina de exercício físico pode atuar diretamente promovendo a redução desses fatores e prevenção da doença.
Acompanhe abaixo, alguns benefícios da prática regular de exercícios para pacientes oncológicos:
- Manter ou melhorar a capacidade física;
- Melhora do equilíbrio, reduzindo o risco de quedas e fraturas;
- Prevenção da atrofia muscular;
- Redução do risco de doença cardíaca;
- Redução do risco de osteoporose;
- Melhora da circulação sanguínea;
- Melhora da autoestima;
- Melhora do humor e relacionamento social;
- Redução do risco de desenvolver depressão;
- Redução das náuseas, por conta dos tratamentos tradicionais;
- Redução da fadiga;
- Controle do peso corporal.
A partir das considerações acima, é válido reforçar que o paciente oncológico só deverá iniciar um programa de exercício físico com autorização de seu médico oncologista, certificando-se de estar acompanhado de um profissional de Educação Física que elabore uma rotina de atividades de acordo com seu diagnóstico, suas limitações físicas, o estágio de seu tratamento, seu condicionamento atual e seu histórico de exercícios e hábitos antes da doença.
Importante saber que não existe um método ou tipo de exercício específico para pacientes com câncer, depende de cada paciente, da sua condição individual e o importante é promover resistência muscular, força, flexibilidade, mantendo o paciente ativo promovendo adaptações fisiológicas positivas.
Priorizar a diversão durante o treino, iniciar de forma leve o programa de atividades, aumentando a intensidade de forma progressiva, fazer pequenos períodos de exercícios com pausas para descanso considerando a fadiga, elaborar atividades que movimentem grandes grupos musculares, incentivar que o aluno beba muita água durante a atividade, evitar superfícies irregulares ou atividades que apresente risco de queda, são pontos específicos voltados para estes casos.
Se você é um paciente oncológico ou conhece alguém que está nesta condição e quer iniciar um programa de atividade física, busque sempre orientação e acompanhamento de profissionais qualificados e capacitados para lhes auxiliar, priorizando sempre sua saúde e qualidade de vida em primeiro lugar.
Por fim, é válido reforçar que a prevenção e o cuidado com a saúde através da atividade física é sempre um caminho muito positivo para seguir.
Busque orientação de profissionais qualificados, escolha a atividade física que mais lhe agrada e cuide de si. Sua saúde é com certeza seu maior e melhor bem!
por Alexandre Dutra, acadêmico do 8º período do Curso de Bacharelado em Educação Física e parceiro do Studio Douglas Tessaro Personal.
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